domingo, 8 de fevereiro de 2009
O Terminal.
Já passam das três da manha e não consigo dormir, um turbilhão de pensamentos surrupiou meu sono, há muito que não recorro à escrita nestes momentos, mas, inspirado em meu amigo Franz que recentemente de forma fantástica quase fez seu pé inflar até explodir como um balão vermelho de gás percebi a necessidade de consumar meu desejo. Voltando da casa de meu enfermo amigo o qual deixei aos cuidados sacros de sua mãe, tento encontrar na noite cálida e suburbana do Coimbra alguma beleza que me apeteça os olhos para me ajudar a singrar meu caminho rumo ao Terminal, (Onde tudo termina). As flores concretas reproduzem o padrão urbanístico serial das praças cafonas de Goiânia, o mato que cresceu durante as chuvas tenta quebrar este padrão, mais a frente em uma quadra, um grupo de machos, joga vôlei, penso cuidado! Não olhe demais você pode virar uma estátua de sal. Desde criança meus olhos possuem esse magnetismo incrível, que atraia todas as bolas de todos os esportes, que alias (odeio) rumo em direção ao meio da minha cara. Talvez seja algo relativo a corpos desfragmentados que fazem um retorno a seus iguais? Vai entender, na verdade meus super poderes nunca me foram muito úteis. Durante essa busca por cores olho as vitrines de um bar alguns vidros de conserva em serie, outra loja com propagandas de artigos de $1.99, do mesmo lado outra loja de artigos gospels, (...) andando sem parar com pressa e de beleza não vejo nada, e nem chegar ao terminal idem, percebo que me encontro em um lugar estranho cinco quadras de distância da minha rota destino meu corpo escreveu sozinho uma rota que não queria terminar.
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